Nove partidos dizem que, com “ato autoritário”, Lira perderá condição de presidir a Câmara

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Nove partidos decidiram, na madrugada desta terça-feira (2/2), recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o primeiro ato do novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de anular a eleição dos demais integrantes da Mesa Diretora.

Líderes e parlamentares de Cidadania, MDB, PCdoB, PDT, PSB, PSDB, PV e Rede soltaram uma nota dura, pouco mais de duas horas depois de Lira assumir a cadeira que era de Rodrigo Maia (DEM-RJ) nos últimos quatro anos e meio.

“Os partidos que se uniram em torno da defesa de uma Câmara livre e independente repudiam, com a mais intensa veemência, o ato autoritário, antirregimental e ilegal praticado pelo deputado Arthur Lira”, assinala a nota, logo em sua primeira frase.

Leia a íntegra da nota:

“Os partidos que se uniram em torno da defesa de uma Câmara livre e independente repudiam, com a mais intensa veemência, o ato autoritário, antirregimental e ilegal praticado pelo deputado Arthur Lira. A eleição é una: não se pode aceitar só a parte que interessa. Ao assim agir, afrontando as regras mais básicas de uma eleição – não mudar suas regras após a sua realização -, o referido deputado coloca em sério risco a governabilidade da Casa. A insistir nesse caminho, perderá qualquer condição de presidi-la, já que seu primeiro ato desacredita o que acabara de dizer: que decidiria com imparcialidade. Foi a desmoralização mais rápida de um discurso que já se viu. A única voz que o mesmo aceita que se ouça na Mesa Diretora da Câmara é a voz daqueles que com ele concordam. Os que ousam defender uma Câmara altiva ele quer calar, já em seu primeiro movimento, tentando esmagar a representatividade de nossos partidos e de nosso bloco. Não aceitaremos. Vamos ao STF em defesa da democracia e do Parlamento brasileiro.”

Líderes e parlamentares de Cidadania, MDB, PCdoB, PDT, PSB, PSDB, PV e Rede

 

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