Gosta muito de transar? Vício em sexo é diferente de ser “transão”

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Sabe aquela pessoa que está sempre com a vida sexual ativa, têm vários parceiros e gosta de sexo? Muitas vezes, acabamos usando a palavra “vício” erroneamente. Isso porque, ser viciado em sexo é uma condição que requer tratamento. Enquanto o fato de gostar muito de sexo e ter uma vida sexual intensa não é um sintoma de compulsão nem transtorno.

“É bom deixar claro que existe uma enorme diferença entre uma pessoa ser compulsiva e uma pessoa gostar muito de sexo. Ter muita vontade de transar não caracteriza um sintoma nem um transtorno. A diferença é que a pessoa compulsiva não consegue resistir aos pensamentos e desejos, que precisam ser saciados no mesmo momento, não importando como, onde e, às vezes, nem com quem”, esclarece Marcos Santos, psicólogo especialista em sexualidade da plataforma Sexo sem Dúvida.

Então, antes de classificar aquele amigo “transão” de viciado em sexo, ou você mesmo (a) se enquadrar no termo, vale esclarecer a diferença, e ainda procurar ajuda quando o caso for realmente sobre um transtorno.


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Vício em sexo

Marcos ressalta que em nosso tempo, o que o senso comum considera ser um vício em sexo é na verdade uma obsessão que chega a ameaçar a própria existência da pessoa. “Pessoas dominadas por um descontrole sexual recebem o diagnóstico de transtorno compulsivo sexual que em 70% dos casos se relaciona intimamente à ansiedade”, pontua.

A compulsão é compreendida como uma repetição de um comportamento ou uma obsessão em querer fazer algo repetidas vezes. Existe uma insatisfação, insuficiência e inquietação na pessoa compulsiva sexual, e o sexo é o objeto central de sua busca.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o comportamento sexual compulsivo é classificado como um distúrbio de saúde mental. 

Hipersexualidade

Já a hipersexualidade é um comportamento sexual arriscado e inconsequente que está presente na maioria das pessoas diagnosticadas com compulsão sexual. Na fase chamada de mania (impulsividade), há aumento excessivo da atividade sexual sem satisfação sexual, sexo com vários parceiros, incluindo estranhos, masturbação excessiva também em locais públicos, falas contínuas sobre assuntos sexuais e uso excessivo de pornografia. 

Transando a vida adoidado

O especialista esclarece ainda que quem tem muita vontade de transar, seja com o par, ou outros parceiros, se isso não representa um sofrimento ou não coloca sua vida em risco, pode curtir o quanto quiser. “O sexo faz parte da vida”.

Sinais e sintomas da compulsão sexual

Já aqueles que apresentam um comportamento compulsivo, como masturbação excessiva, uso exagerado de pornografia, ou que não conseguem resistir ao impulso do sexo, não importa a hora e o lugar, devem procurar um especialista. “Geralmente o tratamento é realizado com a ajuda de um terapeuta sexual”, finaliza Marcos.

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