Vídeo. Ângelo Antônio sobre castração em Pantanal: “Sofri com aquilo”

O remake da novela Pantanal, que está no ar na Globo desde 28 de março, causa ansiedade em um público que espera por cenas marcantes da versão original do folhetim, transmitido em 1990 pela extinta TV Manchete. A castração de Alcides, inclusive, é um dos momentos mais aguardados pelos telespectadores, que desejam assistir como Bruno Luperi vai lidar com o tema sensível na nova versão.

Assista a entrevista completa com Ângelo Antônio:

Em conversa com o Metrópoles, o ator Ângelo Antônio, que viveu o peão na versão original, afirmou que “sofreu junto com o Brasil” com a cena de castração de Alcides e disse que considera o momento importante para a construção do personagem, hoje vivido por Juliano Cazarré:

“Na época, eu lembro que foi um susto quando vi aquela cena. A gente no estúdio para gravar uma outra cena, ninguém acreditava naquilo. Eu queria que não tivesse aquilo, não queria que tivesse acontecido aquilo de jeito nenhum. Sofri com aquilo, acho que o Brasil inteiro sofreu.”

“Para o personagem, para a história, é marcante [a cena de castração]. Seria bacana que tivesse, acho que seria bom correr esse risco de novo, jogar o personagem nessa tristeza de novo. O Brasil meio que parou com isso, parece que as pessoas estavam todas em casa assistindo aquela cena. É legal que tenha. Se fosse voltar naquela época eu preferia que não tivesse, mas por tudo isso que aconteceu, hoje olhando para trás valeu a pena”, completou o ator.

Na primeira versão da novela, Tenório decide “capar” Alcides após descobrir que sua amada, Maria Bruaca, o traiu com seu capanga. Considerada pesada, a cena escrita por Benedito Ruy Barbosa chocou os telespectadores da TV Manchete e virou notícia nos jornais da época.

Um Precipício No Mar

Neste momento de sua carreira, Ângelo Antônio protagoniza o fotógrafo Alex no monólogo Um Precipício no Mar, definido pelo jornal The Guardian como “um dos 60 minutos mais devastadores que você provavelmente experimentará no teatro”.

A peça, que estreou no Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro, em 7 de julho, acompanha a história de Alex, que visita o sogro na sua casa de praia para um feriado com a esposa e a filha pequena, como faz todos os anos. Mas a luz que pisca na superfície não mostra o abismo que está por baixo.

Na conversa, Ângelo comentou sobre a sua preparação para o papel, que contou com um acidente no set. Poucos dias antes da estreia do monólogo, o ator caiu de uma altura de cerca de 40 centímetros e fraturou duas costelas.

Ele também deu detalhes sobre o seu personagem na nova novela da Globo, escrita por João Emanuel Carneiro, Todas as Flores. Na trama, o ator viverá um “malvadão” ao lado de Regina Casé.

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