Queda no licenciamento de veículos indica ano difícil para montadoras

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Dados do sistema de Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) indicam uma queda de 0,7% no licenciamento de veículos novos no ano passado no Brasil.

Em 2022, o número atingiu 2.104 milhões, ante 2.119 milhões, em 2021.

Os números do Renavam servem como uma prévia para os resultados acumulados pelo segmento como um todo. Eles também são compatíveis com as previsões feitas pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que reúne as principais montadoras do país. A entidade havia projetado um avanço de 1% para o setor em 2022.

O primeiro semestre do ano passado, contudo, foi muito ruim para esse mercado. Isso por conta dos problemas provocados pela variante Ômicron, assim como pela falta de componentes nas linhas de montagem – caso dos semicondutores, os chips, hoje fartamente utilizados em veículos de todos os tipos. Os dados oficiais sobre a produção de autoveículos no país devem ser divulgados na sexta-feira (6/1) pela Anfavea.

Em relação aos números do Renavam, os automóveis leves, os carros de passeio, até apresentaram um crescimento de 1,2% no ano passado, na comparação com o ano anterior. Nesse caso, foram licenciados 1,576 milhões de veículos novos, em 2022, contra 1,558 milhões, em 2021. Houve avanço também entre ônibus, com elevação de 23,4%, sendo 17 mil, no ano passado, e 14 mil, em 2021.

Os licenciamentos de comercias leves, porém, tiveram forte redução, com 383,8 mil, em 2022, e 418,6, em 2021, com resultado negativo de 8,3%. Deu-se o mesmo com os caminhões, que ficaram em 126,6 mil licenciamentos no ano passado, contra 128,6 mil, em 2021, numa queda de 1,6%.

Na avaliação de especialistas, o crescimento no grupo de automóveis leves está relacionado, principalmente, à renovação das frotas de locadoras de veículos. Quanto aos ônibus, o acréscimo de licenciamentos é atribuído ao fim do isolamento social imposto pela Covid-19 e à plena retomada operacional dos transportes públicos em 2022.

A redução de comerciais leves, por sua vez, é apontada como uma consequência da menor demanda por veículos desse tipo, como é o caso de furgões. Ela havia crescido fortemente em 2021, embalada pela expansão dos serviços de delivery, nos períodos de isolamento social.

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