#EstudeoFunk: projeto forma e dá visibilidade a novos talentos cariocas

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Com a crescente ascensão do funk nos últimos anos, cada vez mais jovens sonham em entrar nesse mundo. Foi assim que surgiu a ideia do #EstudeoFunk, um programa instalado na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro (RJ), que promove a aceleração artística de MC’s, beatmakers e dançarinos de forma totalmente gratuita.

Para isso, um dos galpões da Fundição foi totalmente reformado, recebendo a estrutura do projeto, que conta com estúdio de gravação, espaço para produção audiovisual e ensaios fotográficos, e estúdio de dança.

“A Fundição era uma fábrica de ferro e agora é uma fábrica de arte. A ideia é você ter uma vivência teórica e prática da música. É muito transformador, o #EstudeoFunk muda a vida das pessoas”, diz Vanessa Damasco, idealizadora do projeto, ao Metrópoles.

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Em uma seleção de 50 artistas por ciclo, o #EstudeoFunk se divide em três processos. Mercado e carreira, onde os jovens aprendem a como vender shows, como se posicionar nas redes sociais e como funcionam os direitos autorais; Aperfeiçoamento artístico, com aulas de canto, dança e produção musical; e Desenvolvimento criativo, quando são propostos desafios como batalhas de performance e aulas de filosofia, ética e criação poética.

Impacto na Vida de Artistas

O projeto, além de artístico, também envolve apoio social, já que grande parte dos artistas que fazem parte do projeto vivem em periferias do Rio de Janeiro, e dificilmente teriam a oportunidade de usar recursos como os oferecidos pelo #EstudeoFunk.

“Em 2010, comecei na música, até que em 2014 lancei a canção Experimentou, que fez sucesso em todo Brasil, mas depois disso tudo, como era muito novo e não tinha ninguém para me instruir, eu acabei perdendo tudo. Entrei em depressão e deixei esse sonho de lado para ter meu ganha-pão e lutar em prol da minha filha. Em 2022, entrou o #EstudeoFunk na minha vida, que costumo falar que foi meu último fôlego, quando eu pude voltar a fazer o que eu amo, me atualizar na cena”, conta MC Farrá, de 29 anos.

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Havanna, de 28 anos,  uma artista transsexual, revelou que o projeto ajudou até mesmo na descoberta de sua identidade de gênero: “Ser artista sempre foi um sonho de criança, e o funk me escolheu. Em julho de 2022, veio o #EstudeoFunk e foi um divisor de águas para mim. Eu entrei como uma pessoa não binária e consegui me identificar como uma mulher trans. Todo esse processo de olhar profundamente para mim que o projeto me proporcionou fez eu ter essa autoaceitação e dentro disso saiu a minha melhor versão”.

Cria da Baixada, de Duque de Caxias, MC Lizzie, de 23 anos, exaltou sua transformação como artista após a entrada no programa. “Percebi que precisava dar uma profissionalizada, e o Estúdio Funk chegou para mim nesse processo, e depois disso eu me reconheço uma artista muito mais madura em todos os âmbitos, seja palco, seja estratégia. Hoje eu canto melhor, me expresso melhor, tem sido um processo muito gostoso para mim”.

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