Saiba como Harry “lutou contra as emoções” durante o funeral da rainha

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Enquanto as manchetes de jornais trazem que o príncipe Harry não cantou o hino Deus Salve o Rei em forma de protesto por não integrar mais a realeza britânica, a especialista em linguagem corporal Judi James avaliou a atitude como uma luta do duque de Sussex contra as próprias emoções. Nessa segunda-feira (19/9), o caçula do rei Charles III participou do culto religioso em homenagem à falecida monarca na Abadia de Westminster, em Londres.

Em entrevista ao jornal britânico Metro, a expert comentou que Harry estava com uma “expressão de tristeza”. Na avaliação dela, o semblante se intensificou no momento do hino. “A mudança de palavras de Deus Salve a Rainha para Deus Salve o Rei pode provocar fortes emoções, à medida que a realidade da morte de Elizabeth e as mudanças provocadas por ela se aproximam”, destacou Judi.

No ponto de vista da profissional em linguagem corporal, a maior luta de Harry ocorreu quando ele estava atrás do pai, o rei Charles III. Na ocasião, enquanto cantavam o hino, o duque de Sussex se manteve em silêncio. “Sua boca quase parou de se mover quando ele chegou na palavra ‘rei’. Não havia nenhuma forma real dos lábios, como se ele ainda estivesse em negação”, ponderou a especialista. “Suas sobrancelhas franziram e, quando sua boca fechou, os cantos pareciam puxar para baixo”, acrescentou.

Rei Charles III, Camilla, Rainha Consorte, Princesa Anne, Princesa Real, Vice-Almirante Sir Timothy Laurence, Príncipe Andrew, Príncipe Edward, Conde de Wessex, Sophie, Condessa de Wessex, ( segunda fila E-D) Príncipe Harry, Duque de Sussex, Duquesa de Sussex, Princesa Beatrice, Edoardo Mapelli Mozzi e Lady Louise Windsor, (terceira fila E-D) Samuel Chatto, Arthur Chatto, Lady Sarah Chatto e Daniel Chatto em frente ao caixão de Rainha Elizabeth II durante o Funeral de Estado da Rainha Elizabeth II, realizado na Abadia de Westminster, em 19 de setembro de 2022 em Londres, Inglaterra. Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em Bruton Street, Mayfair, Londres, em 21 de abril de 1926. Ela se casou com o príncipe Philip em 1947 e subiu ao trono do Reino Unido e da Commonwealth em 6 de fevereiro de 1952 após a morte de seu pai, o rei George VI. A rainha Elizabeth II morreu no Castelo de Balmoral, na Escócia, em 8 de setembro de 2022, e é sucedida por seu filho mais velho, o rei Carlos III
Familiares em frente ao caixão da rainha Elizabeth II durante o funeral
Harry e Meghan dão as mãos durante funeral em forma de apoio no momento difícil

“Harry estava perdendo a luta contra suas emoções durante todo o culto, enxugando as lágrimas e, muitas vezes, lançando o que pareciam ser olhares intensos para o irmão, com uma expressão de tristeza em seu rosto”, declarou Judi James.

A colunista do The Guardian Hadley Freeman trouxe as lembranças de que William e Harry, mais do ninguém, sabem que não há momento mais público para a realeza do que um grande funeral. Afinal, em 1997, o mundo viu os dois jovens marchando atrás do carro funerário da mãe, a princesa Diana. Novamente, personagens importantes estavam no funeral da rainha nessa segunda-feira (19/9), transformando sua dor privada em algo público, pois foram nascidos em um emprego que, segundo a jornalista, “não oferece licença para o luto”.

“Quando Harry se levantou de seu assento e foi para o corredor, ele olhou para seu irmão e parecia estar procurando contato visual. Ele não entendeu. Um William de rosto severo caminhou bem na frente dele, e o duque deu mais um passo para trás para dar espaço aos filhos de William. Então, os irmãos marcharam atrás de outra mulher morta que amavam, um ao lado do outro, e ignorando um ao outro”, avaliou a colunista ao The Guardian.

William e Harry lado a lado na procissão em homenagem à rainha Elizabeth II. Os irmãos não trocam palavras
Integrantes da realeza no Castelo de Windsor antes do Serviço de Compromisso da rainha Elizabeth II, realizado na Capela de São Jorge
O duque é visto emocionado durante as homenagens para a avó, Elizabeth II

Recentemente, Harry lembrou que, durante o funeral da mãe, seu principal sentimento foi de exasperação com o público em prantos: “Essa era minha mãe, você nunca a conheceu”. Agora, com a morte da monarca, a frustração do duque se volta para questões familiares.

Provavelmente, o duque de Sussex sentiu que todo o ofício realizado durante o tempo de membro da realeza foi enterrado desde que decidiu se afastar das funções reais. Ele trabalhou no serviço militar durante 10 anos e lutou no Afeganistão, mas foi impedido de usar o uniforme durante o funeral da rainha, assim como o tio Andrew.

“Harry deu muitas razões para sua decisão de deixar a Grã-Bretanha e mudar sua família para a Califórnia. Uma que ele não disse, mas seria mais do que compreensível, é que ele olhou para seu tio Andrew, que aparentemente estava tão entediado em sua vida como reserva que ficar como um criminoso sexual condenado parecia uma boa ideia, e ele pensou : ‘Nah – não para mim’. Enquanto caminhava atrás de seu temido tio, os dois em trajes combinando, ele deve ter pensado: ‘Tudo o que fiz foi me mudar para Montecito. Eu realmente preciso me agrupar com esse cara?’”, escreveu Hadley Freeman.

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Além disso, com a frieza com que o príncipe tem sido tratado pela família (ele foi isolado de William no funeral e desconvidado de jantar oferecido pelo rei Charles III), os ânimos foram exaltados.

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